LUANA E SEUS CAMINHOS Capítulo 3 — O Vale Escondido das Fadas- HISTÓRIA ...

### **Capítulo 3 — O Vale Escondido das Fadas** Luana mal podia acreditar no que seus olhos viam. Apesar da sensação de estar perdida, seu coração batia forte — não de medo, mas de pura admiração. À sua volta, o mundo parecia ter sido desenhado por mãos delicadas e imaginativas: pequenas casas feitas de cogumelos brilhantes, troncos ocos transformados em moradas, pontes douradas ligando galhos altos como se fossem ruas suspensas. Era como se tivesse caído dentro de uma história encantada. Enquanto explorava com passos leves, quase sem pisar no chão de musgo macio, Luana avistou uma criaturinha fofa. Parecia uma bolinha de pelos escuros com olhos redondos como jabuticabas, que a fitavam com espanto. Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, o bichinho desapareceu — *plim!* — como se fosse feito de vento e pó de estrela. Mais adiante, algo ainda mais inusitado: uma criatura parecida com um pequeno pinguim reluzente passou correndo por ela. “Eu conheço isso... está no livro da Dona Coruja!”, pensou, encantada. Mas antes que pudesse chamá-lo, ele deslizou sobre um lago como se andasse sobre vidro, deixando para trás apenas ondulações prateadas. Luana riu sozinha. “Que lugar é esse?” — e sem saber o nome verdadeiro do local, deu a ele um título carinhoso: **"Pequeno Paraíso"**. Logo, os seres diminutos que a haviam observado quando ela acordou se aproximaram. Um deles voava com pequenas asas cintilantes, o outro caminhava com patas peludas como as de um coelho mágico. Luana, gentil como era, falou: — Olá, sou a Luana. Quem são vocês? Onde estou? O ser alado se assustou e fugiu para uma árvore próxima. Mas o outro, mais curioso, pegou uma pedra achatada e, com a ponta dos dedos, desenhou símbolos brilhantes. Para a surpresa de Luana, a mensagem se formou claramente em sua mente: **“Como você faz para dizer o que escrevemos ou pensamos?”** — Uso a minha língua. — respondeu com naturalidade, sorrindo. Os pequenos seres a encararam como se ela fosse um mistério. E talvez fosse. O bichinho branco, o mesmo que a acordara, transmitiu um pensamento direto ao seu coração: **“Não pode ser só isso... você deve ser alguém especial.”** Luana piscou, surpresa. — Uau… como você consegue fazer isso? Estou ouvindo você… aqui dentro da minha cabeça! Nesse momento, uma criatura de asas lilases desceu da árvore. Era pequena e graciosa, com olhos curiosos. — De onde você vem? Como faz para ser tão alta… e tão bonita? Luana sorriu, tocada pela doçura da pergunta. — Venho de uma floresta do outro lado da cachoeira. E sou apenas uma criança… tem muitos maiores do que eu por lá. Mas vocês é que são incríveis! Parecem estrelas em forma de gente! Com calma, foi perguntando: onde dormiam, o que comiam, como viviam. O ser branquinho respondeu em pensamentos: viviam nas árvores, cavernas floridas, e se alimentavam de frutas, sementes, brotos e raízes. — Vocês não cozinham? Nem comem carne? As criaturas se entreolharam, confusas, como se aquela ideia fosse estranha demais. Mas antes que pudessem responder, o ambiente se silenciou com a chegada de uma figura magnífica. Ela vinha do céu flutuando suavemente. Tinha asas translúcidas como pétalas de orquídea molhadas de orvalho. Seu vestido parecia feito de névoa e folhas, e o sorriso discreto em seu rosto carregava séculos de sabedoria. Era **Kirah**, a guardiã do vale. Luana se levantou para se apresentar, mas notou que isso a deixou desconfortavel. Então, humildemente, sentou-se novamente e aguardou. O bichinho branco explicou tudo para Kirah por telepatia, e após ouvir, a fada acenou para que a seguisse. O caminho era mágico: pequenas pontes sobre riachos brilhantes, paredes de pedras que pareciam ter sido esculpidas por artistas invisíveis. Borboletas coloridas acompanhavam seu trajeto. E então, como num sonho, Luana chegou até uma clareira onde várias fadas se reuniam. Lá, conheceu **Awa**, uma fada-criança como ela, com olhos dourados e riso fácil. **Tibi**, um menininho de asas prateadas que voava em círculos de alegria. Os mais velhos chamavam-se **Sila** e **Couson**, e todos pareciam respeitar Kirah. Logo surgiu **Tiakra**, filha de Kirah, que sorriu para Luana como quem reconhece uma amiga antiga. Foi nesse momento que aconteceu algo mágico: Kirah e Tiakra seguraram Luana pelas mãos e alçaram voo. Voaram alto, tão alto que Luana via todo o vale encantado lá embaixo: casas como brinquedos, cachoeiras que caíam como fios de prata, criaturas de todas as formas brincando em harmonia. Ela queria morar ali. Queria ser uma daquelas fadas. Mas a beleza se desfez em silêncio quando pousaram diante de uma caverna de cristais. A entrada era magnífica: duas colunas de puro cristal e paredes floridas com flores roxas. O interior reluzia com pedras preciosas que pareciam sussurrar segredos. Mas então, Luana foi levada ao centro de um grande círculo feito de cristais. E ficou sozinha. Percebeu, enfim, que estava presa. Tentou se comunicar com Kirah em pensamentos, perguntou por que estava ali, pediu para voltar. Mas a fada virou-se e foi embora em silêncio, acompanhada por Tiakra, que lançou um último olhar triste para trás, como quem deseja ajudar… mas não pode. Luana sentou-se no chão frio e chorou. A magia agora parecia distante. Ela pensava na floresta, nos seus pais, na cama fofa, na Dona Coruja. Tudo parecia um sonho do qual não sabia acordar. **Por que a haviam trancado? Por que ela? O que significava tudo aquilo?** --- ✨ **E agora, o que será que vai acontecer com Luana presa numa caverna de cristais, longe de casa e cercada por seres mágicos que pareciam, ao mesmo tempo, amigos e estranhos?** --- 🎥 **Gostou desse capítulo encantador de *Luana e Seus Caminhos*?** Curta, comente o que você acha que vai acontecer com Luana e inscreva-se no canal **Conte com meu conto** para não perder o próximo episódio dessa aventura mágica! 🔔 Ative o sininho para descobrir o segredo das fadas e o destino da nossa pequena heroína!

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